Na América o século XVII, que antecede a Revoloução, é impregnado por idéias de insubordinação e por mudanças concretas na organização social do país. Acelera-se o ritmo da atividade manufatureira, criam-se, novas formas de organização do trabalho, expande-se o comércio. Vive-se, enfim, os primórdios do capitalismo, em um marco ideológico impregnado pelas idéias religiosas do puritanismo e pelo respeito crescente à razão e à ciência enquanto formas fundamentais de conhecimento.
É neste contexto que surge a figura de Ann Hutchinson, uma das primeiras vozes de insurreiçãofeminina que a História Americana registra. Profundamente religiosa, Ann congregou em tono de si uma comunidade que se reunia para ouvir suas pregações. Afirmava que o homem e a mulher foram criados iguais por Deus, contrariando assim os dogmas calvinistas da superioridade masculina. Acusada de: "Ter sido mais um marido que uma eposa, um pregador que um ouvinte, uma autoridade que um súdito (...)" e de ter " mantido reuniões em sua casa, ... um fato intolerável diante de Deus e impróprio para seu sexo", foi condenada, em 1637, ao banimento. No século XVII, a idéia de igualdade de direitos para a mulher, mesmo que tão-somente a nível do religioso, era ainda intolerável.
postado por: Aremir 13 de Dezembro de 2011
Revista de assuntos Feministas
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
IV-INCLUINDO A MULHER IGUALMENTE COMO SUJEITO MORAL
IV-INCLUINDO A MULHER IGUALMENTE COMO SUJEITO MORAL
1-A questão da racionalidade e da subjetividade é logicamente independente da questão da considerabilidade moral; não há razão lógica para que os interesses de crianças, pessoas mentalmente deficientes, animais ou ecossistemas não devam contar como moralmente iguais a aquelas dos agentes morais racionais.
1.1.demonstrar que mulheres devam ter direitos políticos iguais certamente exige estabelecer que elas tenham igual direito de autoridade moral.
2. Na Republica, Platão declara que algumas mulheres são capazes de ser guardiãs ou governantes; Christine Pisan argumenta que as mulheres são iguais ou mesmo superiores aos homens em tais virtudes como sabedoria, coragem, prudência, Constancia e castidade.
3. No fim do século XX, defender que mulheres são sujeitos morais da mesma maneira que os homens podem parecer tão supérfluos quanto argumentar que mulheres devem ter a mesma consideração moral.
4. Durante os anos 80, entretanto, alguns teóricos mudaram a resposta tradicional do feminismo a tais afirmações: ao invés de continuar a insistir que mulheres eram capazes de alcançar o nível de desenvolvimento mora dos homens, começaram a desafiar o padrão pelos quais, racionalidade moral e subjetividade eram julgados.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Introdução Feminismo
O Feminismo busca repensar e recriar a identidade de sexo sob uma ótica em que o individuo seja ele homem ou mulher, não tenham que adaptar-se a modelos hierarquizados, e onde as qualidades "femininas" ou "masculinas" sejam atributos do ser humano em sua globalidade. Que a efetividade, a emoção, a ternura possam aflorar sem constragimentos nos homens e serem vivenciadas, nas mulheres, como atributos não desvalorizados. que as diferenças entre sexos não se traduzam em relações de poder que permeiam a vida de homens e mulheres em todas as suas dimensões: no trabalho, na participação política, na esfera familiar, etc. Mas para a realização desta proposta não existem respostas prontas, acabadas. Estas se constroem na reflexão e na prática deste movimento recente e vivo, cujos rumos se orientam a partir da experiência coletiva que se acumula a cada momento. (O que é Feminismo. Branca Moreira Alves; Jacqueline Pitanguy)
Postado por: Aremir 07 de Dezembro de 2011
Postado por: Aremir 07 de Dezembro de 2011
Incluindo a Mulher Igualmente como Sujeito Moral
1-A questão da racionalidade e da subjetividade é logicamente independente da questão da considerabilidade moral; não há razão lógica para que os interesses de crianças, pessoas mentalmente deficientes, animais ou ecossistemas não devam contar como moralmente iguais a aquelas dos agentes morais racionais.
1.1.demonstrar que mulheres devam ter direitos políticos iguais certamente exige estabelecer que elas tenham igual direito de autoridade moral.
2. Na Republica, Platão declara que algumas mulheres são capazes de ser guardiãs ou governantes; Christine Pisan argumenta que as mulheres são iguais ou mesmo superiores aos homens em tais virtudes como sabedoria, coragem, prudência, Constancia e castidade.
3. No fim do século XX, defender que mulheres são sujeitos morais da mesma maneira que os homens podem parecer tão supérfluos quanto argumentar que mulheres devem ter a mesma consideração moral.
4. Durante os anos 80, entretanto, alguns teóricos mudaram a resposta tradicional do feminismo a tais afirmações: ao invés de continuar a insistir que mulheres eram capazes de alcançar o nível de desenvolvimento mora dos homens, começaram a desafiar o padrão pelos quais, racionalidade moral e subjetividade eram julgados.
Postado por: Aremir e Camila 07 de Dezembro de 2011
Ampliando o dominío da Ética
AMPLIANDO O DOMINIO DA ÉTICA.
1. A filosofia moderna, embora não a antiga, tem dado pouca atenção a muitas questões de preocupação central para as mulheres, mais notavelmente a questões vinculadas à vida domestica e à sexualidade.
2. Inspiradas pelo lema dos anos 60, “O pessoal é político” (e, por extensão, ético), muitas feministas têm desafiado não somente a negligência pelos filósofos dos aspectos relativos ao gênero na maioria das questões éticas, mas também suas bases teóricas para excluir junto com isso algumas questões.
3. Feministas argumentam que excluir o campo doméstico do domínio moral não só é arbitrário, mas também mascaradamente promovem interesses masculinos.
4. Feministas contemporâneas têm buscado expandir o domínio do ético para incluir não somente a esfera domestica, mas também muitos outros aspectos da vida social.
4.1.embora algumas vezes possam falar em incluir “questões de mulheres” no domínio da ética, o uso feminista desta linguagem não implica que elas reconheçam uma categoria de questões éticas femininas que sejam distintas daquelas dos homens, muito menos daquelas questões humanasPostado por: aremir em 07de Dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Mulher e Relações de Gênero
O tema mulher, já adquiriu foros de cidadania nas Ciências Sociais, na Filósofia e na Teólogia. Não é um tema abstrato, fala de mulheres concretas. A pertinência e a relevância dessa temática, são aceitas com mais facilidade. Ela sempre esteve ligada à luta pela cidadania, pela escuta da voz das mulheres, pela busca de espaço para expor se pensamento ao mundo, pela sua visibilização na esfera doméstica e pública. Trata-se de um campo de saber que, mais do que qualquer outro, necessita de alianças, busca de novos interlocutores, troca de informações e de experiências. Implica o estabelecimento de estratégias comuns que assegurem continuidade e eficácia feminina. Ao discurso que nasce da experiência da condição feminina.
postado por: Aremir em 06 de Dezembro de 2011
postado por: Aremir em 06 de Dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Herança do Silêncio
Ao longo do século XVI, se sucederam demonólogos lançando sobre a mulher a suspeita de satanismo. Um destes, Nicolas Remy, se jactava de haver mandado queimar 900 bruxas. O advento do protestantismo não significou uma queda nesta perseguição. Ao contrário, tanto Lutero quanto Calvino aderiram à mesma, apoiados na Bíblia. Segundo alguns autores chegou-se mesmo a se estabelecer uma competição entre as duas religiões no que se refere à "caça as Bruxas".
Jules Michelet, em sua Obra Sobre as Feiticeiras, transcreve números estarrecedores: por ordem de seu Bispo, a cidade de Genebra queimou, no ano de 1515, em apenas três meses, nada menos que 500 mulheres; na Alemanha, o Bispado Bamberg queima de uma só vez 600 mulheres, e o Wurtzburgo, 900. As confissões eram extraídas sob tortura e mesmo contra qualquer evidência, como afirma Michelet.
Este foi o legado que as mulheres tiveram de carregar ao longo da história.
Postado por Aremir 05 de dezembro de 2011.
Jules Michelet, em sua Obra Sobre as Feiticeiras, transcreve números estarrecedores: por ordem de seu Bispo, a cidade de Genebra queimou, no ano de 1515, em apenas três meses, nada menos que 500 mulheres; na Alemanha, o Bispado Bamberg queima de uma só vez 600 mulheres, e o Wurtzburgo, 900. As confissões eram extraídas sob tortura e mesmo contra qualquer evidência, como afirma Michelet.
Este foi o legado que as mulheres tiveram de carregar ao longo da história.
Postado por Aremir 05 de dezembro de 2011.
Ética Feminista: Introdução à Ética Feminista
Ética Feminista: Introdução à Ética Feminista: Em toda história da ética ocidental, o status das mulheres tem sido um tópico de debate persistente, mas raramente central. Apesar da lo...
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Introdução à Ética Feminista
- Em toda história da ética ocidental, o status das mulheres tem sido um tópico de debate persistente, mas raramente central.
- Apesar da longa história dessa controvérsia, a expressão “ética feminista” foi cunhada somente nos anos 80, após a “segunda onda”, do feminismo, ter sacudido as academias da America do Norte e, em menor extensão, na Europa Ocidental, onde o status das mulheres era uma importante preocupação ética.
- A teoria ética feminista é caracterizada pela exploração dos modos nos quais a desvalorização cultural das mulheres e do feminino pode ser refletida e racionalizada nos conceitos e métodos centrais da filosofia moral.
- Muitos (as) filósofos (as) feministas estão convencidos de que a ética ocidental esta profundamente enviesada por uma perspectiva masculina.
- Mesmo discordando entre si com relação à natureza desse alegado viés e em suas prescrições de uma alternativa a ele, suas obras se caracterizam pela atenção a certos temas recorrentes.
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